terça-feira, 24 de março de 2009

Afinal, o que é arte?

Algumas iniciativas da modernidade colocam um limiar tênue e desconhecido entre arte, firulas e vontadedechamaratenção.
Como a discussão do que é arte anda bastante constante, coloco aqui em homenagem aos meus amigos do 'Borrifando' a melhor definição que encontrei.


Beijos!

sexta-feira, 13 de março de 2009

Motivos para nascer antes do que nasci

As (várias) vezes eu tenho a sensação que nasci na época errada. Como diriam meus amigos, eu tenho costumes estranhos de comprar agenda de pessoas mortas* e de acreditar na volta dos que já foram.

Eu realmente posso fazer uma lista de pelo menos mil razões pelas quais eu gostaria de poder voltar no tempo durante uma semana, como assistir TV Pirata, chupando pirulitos que estouram na boca, depois jogar um atari, e assistir a um Festival da Record... Pronto! Agora chegamos no ponto principal deste post: quando o assunto é música, a lista de razões vira uma coisa astronômica, da qual eu não tenho mais controle.

Como diz um grande amigo meu: "menina, saiba que vc está aqui agora por algum motivo!". Eu sei disso, e realmente farei um post só com bons motivos para estar aqui agora, mas quando o assunto é música, fica muito difícil.

Se eu pudesse passar 7 dias em qualquer época, eu certamente os gastaria com música: assistiria um Festival da Record, em especial a final do de 1967; passaria um dia com os novos baianos no sítio de Jacarepaguá; assistiria um show do Tom Jobim; passaria uma madrugada conversando com Vinícius de Moraes; passaria uma tarde ouvindo os improvisos do Sinatra-Farney Fã Club; assistiria o Fino da Bossa no Teatro Paramount e passaria o sétimo dia deprimida sem saber escolher a última opção!!

Sem mais por hoje... e bom fim de semana!

*coleção de agendas "Anotação com arte"

domingo, 8 de março de 2009

Tim Festival sem a Tim

Hoje vou pensar alto meio atrasada, sobre uma notícia que me fez pensar bastante durante essa semana: o fim do Tim Festival.

Na semana passada, no dia 04 de março, a empresa comunicou que retiraria o patrocínio ao TIM Festival e ao Prêmio TIM, pois a verba investida até então nos projetos seria repassada para outras alternativas de comunicação da marca.

Esta notícia é suficiente para alimentar milhares de pensamentos, em temas diversos, como a relevância cultural do projeto e sua importância no cenário musical brasileiro; ou como a perda de patrocínios representa o reflexo da crise econômica no mercado cultural; ou ainda como as operadoras possuem estratégias de comunicação incompreensíveis.

Mas o pensamento que gostaria de colocar alto aqui corresponde a minha primeira e estúpida reação ao ler esta notícia. "Tim retira o patrocínio ao Tim Festival" me soou algo como "Bombril abandona fábrica de palhas de aço, e as palhas buscam outra marca para dar continuidade a produção".

E é esse tipo de sensação de propriedade que difere um evento nominado de um investimento sob a chancela de patrocínio (Ex: Bradesco patrocina Circo du Soleil). Os eventos nominados pela marca geram maior apropriação dos conteúdos, e não parecem fazer sentido sem a empresa. De forma mais efetiva do que a chancela patrocínio, os eventos nominados permitem a transferência direta dos atributos e ampliam a lembrança da marca associada, de forma que a retirada do patrocínio da TIM ao Tim Festival pareça significar o fim do projeto criado e mantido pela TIM.

Sabemos que isso não é verdade, já que o Tim Festival já existia antes da Tim com o nome de Free Jazz Festival, e provavelmente existirá depois da Tim com a nominação de outra marca. Mas sabemos também que este investimento da Tim foi tão efetivo e conectado com a essência da marca que, ao menos para a minha geração, parecia que ele havia sido desenvolvido pela empresa.

Eu, como comunicóloga e defensora da interação entre as empresas e o meio cultural, só tenho a lamentar por essa notícia. Não estou dizendo que a TIM não possui seus motivos estratégicos para tomar tal decisão, longe disso. Por outro lado, opino de que esta decisão acarretará na perda de um importante ponto de contato com públicos da operadora, que gerava experiência efetiva e positiva da marca.

Ao meu ver, a empresa tem um grande desafio de transparecer suas opções estratégicas sem afetar o processo de construção da marca, e sem gerar ruídos no relacionamento com seus públicos. A começar por uma comunicação mais transparente e integrada do acontecimento, que vá além de uma nota de imprensa.

De qualquer forma... espero que venha a nova Tim desta história, e se aproprie de tudo isso, pois nós queremos o Festival!

quarta-feira, 4 de março de 2009

Bem-vindos, mas não façam o que eu faço.

Além do polegar opositor, sabemos que a capacidade de raciocínio é uma das principais características que diferenciam nós, seres humanos, de outros seres animais que não convivem com a constante tortura de pensar muito mais rápido do que conseguem organizar em palavras, gestos e qualquer outra manifestação bizarra. Uma pessoa pensa em média em 500 palavras por minuto, das quais consegue falar apenas 150, se for uma tagarela frenética.

Como este não é o meu caso, que demoro mais um minuto para pensar em quais das 15o palavras eu quero colocar pra fora, e neste ponto já acumulei mais 500 palavras para filtrar, resolvi me dar a chance de pensar alto em alguns momentos e me utilizar dos avanços tecnológicos para expor minhas opiniões, ideias e pensamentos.

Publicitária que sou, sei muito bem da veloz multiplicação dos blogs, da comotização dos veículos de comunicação, da necessidade de diferenciação e definição de um posicionamento competitivo, da atenção e retenção seletiva, e dos inúmeros outros motivos que classificam a ideia deste blog como no mínimo estúpida.

Mas resolvi adotar a regra "faça o que eu digo mas não faça o que eu faço", e proporei um espaço para a discussão de temas diversos, sem diferencial claro em comparação aos inúmeros outros blogs existentes, sem posicionamento competitivo, sem um público claramente definido, sem nenhum esforço de comunicação e com baixíssimo valor agregado. Afinal, ainda não posso ser considerada especialista em nada.

O objetivo é expor temas, assuntos e ideias de meu interesse, que já adianto a vocês que provavelmente serão relacionados aos temas listados no cabeçalho, com foco em marcas e comunicação (não me comprometo em atender constantemente as expectativas dos leitores) e trocar pensamentos com pessoas que tenham alguma afinidade com os assuntos.

Contra as regras comuns do mercado, o Pensando Alto irá tomando forma com o tempo, de acordo com meu desenvolvimento como pensadora, com a opinião dos raros leitores, e com minha especialização em alguns assuntos.

Daqui um tempo espero poder reescrever este texto, reapresentando o Pensando Alto e sua grande sacada.

Até lá, que sejam bem-vindos os interessados, e pensemos juntos!

Inspiração